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segunda-feira, 21 de julho de 2014

SOU UM “PASSADISTA” CONFESSO de Paulo Konder Bornhausen


SOU UM “PASSADISTA” CONFESSO
Paulo Konder Bornhausen



            Se a imaginação é a primeira fonte da felicidade humana, como dizem os poetas, o passado é para mim, uma fonte inesgotável de felicidades vividas e nunca esquecidas.

            Ser um amante do passado, quando nos vem a lembrança os momentos, pessoas, que nos trouxeram alegrias e só deles devemos nos lembrar, não significa desconhecer a realidade do presente, nem os planos e sonhos do futuro.

            Esse tipo de “passadismo” nos fortalece, pois faz bem a nossa mente, nosso espírito e alimenta nosso coração e a nossa alma.

            Poucas vezes li melhor definição sobre o passado do que a que lhe deu Henry Botaille, dramaturgo francês, “O passado é um segundo coração que bate em nós”.

            É assim que vejo o passado, como minha amada mãe, em sua longa velhice, costumava dizer, religiosa como era, que além das orações permanentes, em horários que se determinou, via a televisão, lia com freqüência invejável e fazia “tricot”, agasalhos para os netos e bisnetos, encontrava a alegria de viver também, com as lembranças maravilhosas do seu passado, procurando esquecer aqueles momentos que foram difíceis ou indesejáveis. Quando alguém lembrava o passado na sua presença e era considerado retrógrado, principalmente os mais jovens, ela costumava dizer algo semelhante, ao que na sua imensa sabedoria, dizia Giovanni Verga, um escritor italiano “Os jovens têm a memória curta e os olhos para ver apenas o nascer do sol; para o poente olham apenas os velhos, aqueles que viram o ocaso tantas vezes".

            Sei que a vida se tornaria impossível se dela a gente relembrasse por inteira. Tudo está em saber o que devemos esquecer.

            Sou um passadista confesso. Boas lembranças alimentam o meu espírito e me dão forças para enfrentar altivo o presente, entregando a Deus o meu futuro.

            Na minha idade o meu passado é meu maior tesouro e o meu grande patrimônio.

Um comentário:

  1. Concordo com você PKB, o que é bom do passado deve ser lembrado. Boas lembranças alimentam o espírito! O passado só é ruim quando alguém fica preso a ele como uma doença. Bj.

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