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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pronunciamento feito pelo Dr. Paulo Konder Bornhausen por ocasião de Homenagem que prestado pelo Clube dos Gourmets de Florianópolis na data de seu aniversário em 06.09.2013


Meus queridos amigos e amigas Gourmets, senhoras e senhores convidados.

Há muito, de forma até indelicada e veemente, tenho feito um apelo ao nosso grande Presidente, de me poupar convocando-me para fazer uso da palavra em nossas festivas reuniões. Afinal, por mais de duas décadas abusei da paciência generosa dos meus queridos amigos falando do nosso clube e da sua essência – a gastronomia. Até que me dei conta, de como tudo acontece em todos os sentidos, que meus pretensos dotes oratórios estavam se esvaindo, me fazendo sentir enfadonho e imaginei o que não deviam estar aqueles que eram obrigados a ouvir-me.
Hoje, no entanto, fiquei no dever e no prazer de lhes falar, não sobre o clube, que tive a honra de fundar, nem mesmo da gastronomia.
Venho fazer um agradecimento público e sem constrangimento ao Senhor nosso Pai, cuja benevolência me ofertou, um grande tesouro do qual fosse jamais merecedor.
Agradeço em primeiro lugar pela vida que me legou e a longevidade que completo hoje aos 84 anos, com a mentalidade sã e o físico compatível com os anos vividos e o que me resultou agora, uma qualidade de vida mais do que razoável.
Agradeço-lhe a família que me concedeu, unida, amada e inigualável.
Os pais que tive, Marieta e Irineu, que me ensinaram, com muito amor, o caminho a percorrer.
A minha mulher Ivete, amada, amante, companheira, amiga em todas as horas, na alegria e na tristeza, sempre parceira, mãe e avó exemplar.
Em alguns meses, se Deus o permitir, vamos completar 60 anos de União Conjugal, entre “tapas e beijos”, como canta a famosa música sertaneja, porém sempre repleto de amor. Permitam-me fazer uma rápida digressão para minimizar as emoções dos meus agradecimentos.
Ainda moleque, lá pelos quinze anos, o jogo era legalizado no país. Haviam os cassinos, uma única Loteria Federal, que fora uma concessão do Ditador Vargas, ao meu amigo turfista Antônio Joaquim Peixoto de Castro, e o jogo do bicho naturalmente.
Quando ouvia na espreita a conversa dos adultos, observava seus comentários sobre o casamento que dera certo e duradouro dizendo “fulana e cicrano tiraram a Loteria”. Certamente com a avassaladora modernidade de hoje possivelmente se vivos fossem falariam que “fulano e cicrano ganhou na Mega Sena acumulada”.
Voltando aos meus agradecimentos familiares – continuo com os meus queridos e amados filhos, Patrícia e Ricardo, adjetivo e verbo que estendo a minha nora Lili e ao meu genro Jose Antônio. Os meus adorados e lindos netos; Eduardo, Daniel, Fernando, Olivia, que aqui está presente e André, para os quais minha única restrição que faço é não me terem dado até aqui um bisneto.
Meus irmãos Roberto e Jorge, que muito quero bem e deles tenho grande orgulho.
Minhas queridas e especiais cunhadas, Beatriz e Dulce Augusta.
Todos os meus sobrinhos.
Tenho o privilégio dos privilégios, o de fazer 84 anos com todos eles ao meu redor.
Finalmente, completando o meu tesouro, os amigos que amealhei nos anos de minha longa caminhada, cuja amizade é preciosa, fazem parte do tesouro a que me referi, os amigos que ganhei no Face, e de modo muito especial os companheiros do Clube dos Gourmets, todos que me engrandeceram e me proporcionaram tantas alegrias.
Por tudo isso me considero um felizardo, um homem realizado.
Me sinto incluído na primeira parte da afirmação do brilhante Oscar Wilde que dizia “São raros os homens que vivem pois a maioria deles, apenas existem”.
Perguntarão; e o futuro?
Por incrível que possa parecer tenho planos e alimento sonhos, mas neste caso recorro a Platão que afirmava “que quem move o barco não são as velas enfunadas, mas sim o vento que não se vê”. Este vento para mim é Deus que está no nosso lado, onde estivermos e caberá somente a Ele decidir sobre os desígnios do nosso futuro.
A vida para mim é uma primeira caminhada, que percorremos num denso roseiral, onde os espinhos das roseiras nos machucam, deixam cicatrizes, porém o doce perfume das rosas e a colheita das flores superam as nossas dores.
Minha mensagem final é de amor a vida.
Vivam, meus queridos amigos, intensa e corretamente. Agradeçam a Deus cada segundo das suas vidas, porque a vida foi a maior dádiva que Deus nos ofertou.
Vamos todos com vibração e entusiasmo aplaudir essa maravilha, A VIDA!!!

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