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domingo, 30 de outubro de 2011

Encruzilhada



como não me entregar a este amor?
como acreditar de novo?
se faz me entregar ao ópio
de tanta sombra sobrou dor
às vezes ressoa mil estampidos
e quando amanhece está escuro
anoitece multicolorido
depois amanhece sem sabor
tento escutar você não fala
mas quando me sussurra estala um grito
porquê se te escrevo é como uma bala,
matando um inocente inaudito?
só quando estamos à beira do abismo
percebemo-nos os dois estarmos vivos
é quando um século não demora
os minutos voam sem nenhum atrito
nas mãos um livro aberto sem ter página
de cada frase feita sem ter lido
nenhum abcedário poliglota
tampouco um analfatebo emudecido
em cada dor eu sinto ter uma alma
mas quase-morta por não ter te vivido
beijando sua boca sem piedade
amassando com meu silêncio o teu grito
escondendo na mão essa verdade
em cada murmúrio lamentando esse fim
como se o mundo se acabasse depois
sem conseguir persisitir mais por nós dois
e sem saber como apagar o amor em mim
André Ferreira

 





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