A aceleração do crescimento do crédito em países emergentes, como o Brasil, aumenta a vulnerabilidade e o risco de superaquecimento na economia, diz um relatório divulgado nesta quarta feira (13) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Segundo o último relatório sobre a estabilidade Financeira Global (Global Financial Stability Report), lançado em Washington, de 2007 a 2010, os empréstimos bancários em economias emergentes, especialmente na America Latina e na Ásia, cresceram em um ritmo mais forte do que nos cinco anos anteriores a crise financeira mundial.
Bancos maiores, especialmente bancos públicos na China e no Brasil, foram os principais responsáveis pelo forte aumento no crédito.
De acordo com o FMI, os principais bancos no Brasil e na China expandiram seus balanços patrimoniais em mais de 100% no período de 2007 a 2010, “atingindo tamanho comparável ao de grandes bancos nos Estados Unidos e na Europa.”
O crescimento acelerado do crédito, diz o relatório, trouxe consigo um aumento da vulnerabilidade dos bancos e dos riscos de deteriorização na qualidade do crédito.
Inflação
Como facilita o consumo e assim o risco de aumento da inflação, o crescimento acelerado do crédito tem sido uma preocupação do governo brasileiro.
Uma série de medidas foram adotadas no Brasil desde o ano passado na tentativa de conter esse crescimento. Apesar dos esforços, dados do próprio Banco Central indicam que o credito continua crescendo no país.
O FMI volta a alertar para as pressões inflacionárias em países emergentes que, como no Brasil, registraram crescimento “vigoroso” após a crise mundial, ao contrário do ritmo lento apresentado pelas economias avançadas.
Segundo o documento, esse bom desempenho veio acompanhado de maiores entradas de investimentos em carteira que estão exercendo pressão sobre alguns mercados financeiros emergentes e podem contribuir para o surgimento de bolhas nos preços dos ativos e pressões inflacionárias. Inflação jamais. Já vimos esse filme antes do Plano Real e os estragos feitos, principalmente às classes menos favorecidas.
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